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Mostrando postagens de abril, 2018

Review: Morrissey - You Are the Quarry (2004)

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Condescendência é um grande mal dos artistas que já fizeram sucesso e ultrapassaram a barreira dos 40 anos. Muitos perdem a força e a contundência que os fizeram famosos em troca de um punhado de dinheiro fácil. É quando o dom vira profissão e as críticas de ontem viram lamentos tediosos. Mas há ainda gente que some, volta e rugindo mais forte do que antes. E o velho Morrissey é um deles (ou será o único?). Após sete anos sem gravar, Morrissey aceitou voltar por uma gravadora chamada Sanctuary Records, desde que ela reavivasse o logo do selo da gravadora de reggae Attack Records, que utilizava uma metralhadora. Posando com um terno bem cortado e com uma metralhadora na capa como um velho gangster, Morrissey saiu atirando para todos os lados. Não se deixe enganar com os arranjos calmos e flertando às vezes até com o moderno em excesso em algumas passagens, pois o velho desbocado está cantando mais baixo, mas não deixa ninguém fora do seu ódio. E como é bom ver alguém fazendo ...

Review: Ramones - Ramones (1976)

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Se você foi adolescente e ouviu este disco, sabe bem o que é se libertar de vários outros clássicos do rock por simplesmente adorar esse tipo de estilo – o punk rock. Tive meu primeiro contato com Ramones no ensino médio, sim, o auge da adolescência o melhor período da vida de alguém, quando todos os seus amigos só conheciam o “punk pop” de Green Day e blink, eis que eu compro numa feirinha uma cópia do Loco Live , considerado o disco ao vivo mais rápido do mundo.  Ramones é absolutamente a bíblia do rock simples e direto. Sem firulas e sem excessos. Digo mais, digo que o rock se dividiu entre antes desse disco e depois desse disco, pois o que se passava na época era o auge da bandas de rock progressivas com suas apresentações com solos exagerados e muitas improvisações. Os jovens estavam de saco cheio! Nessa pérola estão praticamente os maiores clássicos da banda como “Now I Wanna Sniff Some Glue”, “Judy Is a Punk”, “Loudmouth” (a minha preferida do disco) e ...