Acho que aqui começa mais uma das minhas jornadas pelos anos 1970. Quando era adolescente entrei de cabeça e tudo no punk, passando pelas primeiras bandas de heavy metal, classic rock e o rock progressivo que eu ainda aceitava era o Pink Floyd.
Antes de ouvir David Bowie, eu o vi e fiquei intrigado. Com o seu visual andrógino (que passou a usar depois do início de carreira), fiquei me perguntando: “Como será o seu som?”, “As letras dessa ou desse cara?!” e coisas do tipo.
O marco zero foi o vídeo de “Starman”, que também era o primeiro single do álbum e foi — literalmente — de cara que comecei a gostar daquele sujeito indeterminado. O rock’n’roll sempre teve dessas de utilizar um lado mais teatral em suas apresentações, com efeitos visuais e até mesmo peças de teatro em que não faria sentido se não fosse acompanhado de uma grande banda. E não é para menos, o “Spiders from Mars” era banda extraordinária.
As minhas prediletas sempre serão “Moonage Daydream”, a maravilhosa “Lady Stardust”, a sequência de matar de “Ziggy Stardust” e “Suffragette City” (que me lembra a dinâmica de “White Light/White Heat”, do Velvet Undergound, influência confessa de Bowie), sem deixar de falar das emblemáticas faixas que amarram o início e fim com “Five Years” e “Rock ’n’ Roll Suicide”.
O disco que conta a história de um alienígena que pretende salvar o planeta Terra com o rock’n’roll e acaba se matando por conta do mesmo motivo, me pegou em cheio.
Está entre os preferidos de todos os tempos.
“I’m the space invader, I’ll be a rock ’n’ rollin’ bitch for you.”
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