11 grandes discos de emo que não estão na lista da Rolling Stone


A revista Rolling Stone publicou, em sua versão de Internet, uma lista com aqueles que considera os 40 melhores discos de emo de todos os tempos.

Em um ano onde vivemos com força o revival do estilo através de bons nomes, a lista faz todo sentido, e mesmo quem olha para o gênero com preconceito deveria parar para navegar pelos nomes citados para ouvir e se surpreender com muita coisa boa lançada principalmente nos anos 90 e 2000.

Como em toda lista, obviamente ficou faltando muita coisa, então resolvemos separar mais 11 álbuns aqui que não apareceram na lista da RS mas definitivamente merecem a sua atenção.

Repetindo, como em toda lista, a nossa também não está completa, mas serve como uma base bacana para expandir ainda mais o leque dos nomes citados anteriormente.

Tem mais sugestões? Não deixe de comentar aqui no post!

Divirta-se.

Brand New - The Devil And God Are Raging Inside Me (2006)


O Brand New aparece na lista da Rolling Stone com dois álbuns, mas não seria nenhum exagero colocar mais um deles, o clássico The Devil And God Are Raging Inside Me.

Lançado em 2006 após os dois discos citados, Your Favorite Weapon e Deja Entendu, o disco foi a estreia do Brand New por uma grande gravadora e grande sucesso com a crítica, entrando em várias listas de melhores álbuns do ano, bem como dos anos 2000.

Flertando com o rock alternativo, o indie e mantendo as bases do emo, Jesse Lacey e sua trupe fizeram um dos discos mais cultuados do underground nos últimos anos.



The Get Up Kids - Something To Write Home About (1999)


Quem também apareceu na lista com outro disco foi o The Get Up Kids, com a estreia em Four Minute Mile.

Dois anos depois, porém, a banda lançou seu segundo álbum na forma de Something To Write Home About e melhorou o nível de produção, das composições e criou verdadeiros hinos do emo como “Holiday”, “Action And Action”, “Ten Minutes” e “I’m a Loner Dottie, a Rebel”.

O disco misturou emo, rock alternativo e pegadas pop que transformaram a banda em um dos nomes mais importantes do final dos anos 90 e início dos anos 2000.

Após esse disco a banda embarcou em uma sonoridade mais voltada ao rock alternativo e enquanto parte da base de fãs entendeu, outros tantos consideram esse o auge da banda.



Samiam - You Are Freaking Me Out (1997)


O Samiam não aparece na lista da Rolling Stone, e surgiu em 1988 na região de Berkeley, na Califórnia.

Por lá, o grupo construiu um status cult rapidamente com seus três primeiros discos, Samiam, Soar e Billy, lançados em 1990, 1991 e 1992. Para se ter uma ideia, nessa época a banda de abertura dos shows do Samiam era o Green Day.

Em 1994 veio a estreia em uma grande gravadora com Clumsy e, apesar de um bom álbum, a experiência no mainstream não deu certo.

Três anos depois a banda voltou ao underground e lançou uma obra prima na forma de You’re Freaking Me Out. Alternâncias de guitarras limpas com distorções como as de “Factory” são exemplos clássicos do emo e sons como “Full On”, “If You Say So” e uma bela cover de “Cry Baby Cry”, dos Beatles, tornaram-se marcos do grupo.

O disco foi lançado aqui no Brasil em CD na época e muitíssimo bem recebido, criando uma legião de fãs da banda californiana no país.



Sparta - Wiretap Scars (2002)


Quando o At The Drive-In (que está na lista) acabou, duas bandas se formaram a partir dos seus integrantes.

Enquanto Cedric Bixler-Zavala e Omar Rodriguez-Lopez foram para o rock progressivo do Mars Volta, o trio que sobrou no grupo continuou com as bases do emo e post-hardcore que apareceram em boa parte da discografia do influente ATDI.

Nascia ali o Sparta e o primeiro disco da banda, Wiretap Scars, é um retrato fiel de como o guitarrista e agora vocalista Jim Ward imaginava o som da banda.

Produzido por Jerry Finn (Green Day, Bad Religion, Blink-182, The Offspring) o disco tem 12 grandes canções e sua sonoridade se encaixa entre In/Casino/Out e Relationship of Command, da banda que deu origem ao Sparta.



Jets to Brazil - Four Cornered Night (2000)


Outra banda que nasceu após o fim de outro nome influente é o Jets to Brazil.

Blake Schwarzenbach, vocalista e guitarrista do Jawbreaker, era chamado de “padrinho do emo”, e em sua nova banda resolveu tirar as distorções das guitarras e apostar em belas composições baseadas em pianos, cordas e vocais.

Four Cornered Night traz letras das mais honestas e sinceras possíveis, incluindo a de “All Things Good And Nice” que fala de uma maneira emocionante sobre tudo que Blake ama, incluindo sua família e colegas de banda.



Saves The Day - Stay What You Are (2001)


O Saves The Day aparece na lista da Rolling Stone com seu segundo disco, Through Being Cool, e dois anos depois consolidou-se como um dos grandes na cena com Stay What You Are.

O disco foi resultado do sucesso da banda e o primeiro lançado pela Vagrant, e sua temática foi influenciada por um acidente com a van do grupo na estrada em 2000, enquanto a banda excursionava justamente para divulgar o disco citado acima.

A faixa de abertura “At Your Funeral” tornou-se um dos hinos do Saves The Day e do emo nos anos 2000.



Far - Tin Cans With Strings to You (1996)


O Far foi formado em 1991 em Sacramento, na Califórnia, mesma cidade que nos brindou com o Deftones, banda conhecida por misturar melodias do rock alternativo, post-hardcore (e muitas vezes o emo) com heavy metal.

Um dos seus fundadors, Shaun Lopez, é parte inclusive do projeto de música eletrônica de Chino Moreno, o Crosses.

Voltando a falar de Tin Cans with Strings to You, o álbum é o terceiro disco de estúdio do grupo e foi lançado em 1995 pela major Epic, e foi considerado por muitos como o nascimento do screamo, que se tornaria um subgênero do emo bastante popular nos anos seguintes.



Hot Water Music - Caution (2002)


O Hot Water Music sempre teve um pé no post-hardcore e outro no emo, conseguindo fãs das mais diversas vertentes da cena.

Com uma discografia farta de onde poderíamos selecionar vários títulos, vamos com Caution, de 2002, que tem pedradas e clássicos como “Remedy”, “Trusty Chords” e “Wayfarer”.



Reggie And The Full Effect - Songs Not To Get Married To (2005)


Reggie And The Full Effect é o projeto de James Dewees, tecladista do The Get Up Kids que depois entraria para o My Chemical Romance.

Nele, Dewees já lançou seis discos e eles todos viajam por vários (vários) estilos diferentes. Nos três primeiros, por exemplo, traz músicas adolescentes, piadas, vinhetas e vocais de moleque.

Em Songs Not To Get Married To, o quarto, ele ainda mostra piadas e “participações especiais” de bandas de metal e música eletrônica fictícias, mas mostra algumas das canções mais sólidas da carreira, que ganham vida própria com seu instrumento, como a segunda faixa, “Get Well Soon”, e a de encerramento, “Playing Dead”.

Vale ressaltar que em 2008 ele gravou Last Stop: Crappy Town, pesadíssimo, denso e com baixos gravados pelo saudoso Paul Gray (Slipknot), e em 2013 voltou com o competente e divertido No Country For Old Musicians.



Empire! Empire! (I Was A Lonely Estate) - What It Takes to Move Forward (2009)


Empire! Empire! (I Was a Lonely State) foi uma banda que começou em 2006 e, para nossa tristeza, anunciou sua turnê de despedida há alguns dias.

A banda faz(ia) um tipo de emo que acerta em cheio aqueles que gostam do estilo carregado de melodias e emoções, com nomes como American Football e Mineral.

Após uma série de EPs e splits, o grupo lançou em 2009 seu disco de estreia com What It Takes To Move Forward e 11 grandes canções pra deixar qualquer um emocionado (rá!).

No último disco, You Will Eventually Be Forgotten, aparecem Chris Simpson (Mineral) e Bob Nanna (Braid).



Elliott - False Cathedrals (2000)


Outro bom nome do emo voltado a melodias e arranjos mais técnicos nos anos 2000 foi o Elliott, de Kentucky.

Entre 2000 e 2005 o grupo lançou dois discos, um EP e uma coletânea pela Revelation Records e um dos álbuns é False Cathedrals, o primeiro disco cheio pela nova casa e segundo da banda.

Formado em 1995, o grupo encerrou as atividades em 2003.



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