Reflexões sobre o consumo e a produção de música [III]

Nossa série de reflexões (veja os textos anteriores aqui e aqui ) traz hoje um tema sensível a boa parte dos leitores e até mesmo dos colaboradores do nosso site – o MP3. O MP3 foi desenvolvido no fim da década de 1980 por pesquisadores do renomado Fraunhofer Institute, na Alemanha. A sacada do MP3 foi conseguir reduzir o tamanho de arquivos digitais de áudio sem uma perda marcante de qualidade sonora. Trocando em miúdos, era como se o que se fazia com a fita K7 tivesse passado por um grande upgrade. Nos primórdios da internet, a velocidade das conexões e a capacidade de armazenamento de arquivos de um PC doméstico era bastante limitada. Até 1999 eram comum computadores domésticos com menos de 1GB (1024 MB) de capacidade de armazenamento. Na digitalização convencional pelo formato WAV, o conteúdo de um CD ou LP de 40 minutos ocupava em torno de 400 MB. Ou seja, era impossível manter este tipo de arquivo em casa e muito menos transferi-lo via internet. Já com o MP3, um álbum...