Review: Edge of Forever - Native Soul (2019)


O Edge of Forever é uma banda italiana formada em 2003 pelo “multi-bandas” Alessandro Del Vecchio. Quem acompanha os estilos Hard Rock e AOR, conhece o rapaz de diversos outros projetos/bandas, como Faithsedge, SIlent Force, Level 10, bem como músico integrante das bandas Hardline, Jorn e Voodoo Circle. O Edge of Forever esteve bem ativo na década passada, mas desde 2009 não lançava nenhum álbum, provavelmente por causa das demais ocupações do seu líder. Mas o hiato acabou agora com o lançamento de “Native Soul”.

O Edge of Forever é aquela banda típica que executa o que antigamente se chamava de “Hard FM” e hoje em dia conhecemos melhor por “Melodic Rock”. Porém, em “Native Soul” o trabalho está mais encorpado e com mais força, muito talvez pela entrada do excelente guitarrista Aldo Lonobile. Aldo distirbui riffs poderosos e solos com muita criatividade, hora mais virtuoso, hora mais “bluesy”.

O início com “Three Rivers”, faixa “à capela”, e com o vocal de Del Vecchio lembrando bastante Jon Bon Jovi. Tanto que algum ouvinte desavisado pode pensar se tratar de alguma faixa nova do Bon Jovi. Após esta introdução, o que se segue é aquele típico Hard Rock com cara de que tocaria nas rádios rock em décadas passadas, em um trabalho muito, mas muito bem produzido. Eu diria inclusive, que em alguns momentos ele é produzido demais, dando um ar de “pasteurizado” a gravação.

Apesar deste detalhe, faixas como “Native Soul”(essa com um riff praticamente Heavy Metal), “Take Your Time”, “Shine” (a balada que não pode faltar num álbum deste estilo), “War” e “Wash Your Sins Away” garantem uma inquestionável qualidade ao trabalho. A “cozinha” formada por Nick Mazzucconi (baixo) e Marco Di Salvia (bateria, colega de Del Vecchio no Hardline) garantem o peso e ritmo de uma forma muito competente e coesa.

Uma das faixas que mais me chamou a atenção e escolhi como a melhor do álbum, é “I Made Myself What I Am”, um Hard Rock metalizado, com uma fantástica linha de bateria de Di Salvia, onde durante o solo de guitarra de Lonobile, Del Vecchio foge um pouco do seu padrão e ataca um teclado Hammond, dando um ar de Deep Purple ao som. A melhor faixa no meu entendimento.

Enfim, podemos resumir “Native Soul ” como um bom álbum , nada de novo e nem brilhante, mas cumpre seu papel: Um bom entretenimento para fãs do estilo e apreciadores dos trabalhos de Alessandro Del Vecchio.

Por Jose Henrique (Metal na Lata)

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