Os Melhores Álbuns da Década (2010 - 2019)


Sobre

Os anos 2010 (também conhecidos por “anos 10” e “2010s”) chegaram ao fim. Uma década que pode ser dividida em vários pontos, vamos a eles:

A popularização da internet e a aparição dos smartphones; o fim do Orkut e o surgimento do Facebook; o fim da MTV que nós conhecíamos, resultando em milhões de órfãos carentes por um veículo de massas que apontasse o direcionamento e as novidades, deixando tudo isso nas mãos do YouTube; a morte do MP3 e o início do reinado do streaming, com a chegada do Spotify, Deezer e afins; sem falar da queda do CD e o renascimento do vinil.

As formas de consumir música nesse período foram bastante turbulentas. Diante de tantas mudanças, criei uma lista de 20 álbuns que fizeram a minha cabeça durante esse período, com adição de breves comentários em cada disco + estatísticas + playlist do Spotify com uma faixa de cada. Foi um trabalho de exame de consciência bastante minucioso e, ao mesmo tempo, prazeroso, por me fazer relembrar tantas coisas boas que foram lançadas.

Sem mais delongas, vamos à lista e aguardemos os próximos clássicos dos anos 2020!

20. Richard Ashcroft - These People (2016)


Depois do The Verve, foi neste disco que conheci a carreira solo de Richard Ashcroft. Grandes canções e a combinação voz e violão, sempre como seu ponto alto.

19. Def Leppard - Def Leppard (2015)


Entre idas e vindas, o Def Leppard, enfim, lançou algo comparável aos tempos de glória dos anos 1980.

18. Iron Maiden - The Book of Souls (2015)


Em 2016, a “Donzela de Ferro” passou pela capital cearense e este álbum também ficou marcado por isso.

17. The Black Keys - 'Let's Rock' (2019)


Disco fresquinho ainda, por ter sido lançado ano passado e pelo frescor de apresentar nada mais que o básico: rock e diversão.

16. Chris Cornell - Higher Truth (2015)


Nunca poderia imaginar que este seria o último álbum de um dos meus vocalistas preferidos e o melhor (na minha opinião) dos anos 1990. Um dos grandes que ouvi em 2015. Você merece estar aqui, Chris.

15. William Patrick Corgan - Ogilala (2017)


William Patrick Corgan aka Billy Corgan dos Smashing Pumpkins, lançou o seu primeiro trabalho solo por seu nome completo. Uma pérola, um clássico.

14. Bob Mould - Sunshine Rock (2019)


Vindo do primeiro lugar da lista dos melhores discos de 2019, Bob Mould mostra que a música alternativa pode ser ríspida e também primorosa.

13. Kings of Leon - WALLS (2016)


Depois do estouro de Only By The Night (2008), o KOL lançou bons discos, mas foi em WALLS que a criatividade voltou à tona.

12. Slash featuring Myles Kennedy & The Conspirators - World on Fire (2016)


Até determinado momento, nenhum disco do Slash com Myles Kennedy e os Conspirators tinha me pegado. World on Fire não só me tomou de assalto como já considero — o grande clássico — da carreira solo do eterno guitarrista do Guns N’ Roses.

11. Marilyn Manson - The Pale Emperor (2015)


Confesso que demorei um tempo para digerir este disco. Após várias audições, entendi o porque dele ter sido considerado um dos melhores de 2015. MM se reinventa e espanta para lá a zona de conforto. Discaço!

10. Cage The Elephant - Melophobia (2013)


Assistir pela TV o Cage The Elephant no Lollapalooza 2011, foi como amor à primeira vista. Excelente banda que tem um vocalista enérgico. Este disco contém o seu maior hit, “Come A Little Closer”, que foi inspirado nas favelas de São Paulo. Acredito serem a continuação natural de Strokes e Arctic Monkeys.

9. Academia da Berlinda - Olindance (2010)


Muitos vão dizer: “Onde estão os artistas/bandas brasileiras nesta lista?”. Pois é... Fui catequizado para ouvir o que vem de fora quase sempre, mas gostaria de destacar uma banda cheia de ritmos que merece estar nesse “top 20”. Em 2010, os pernambucanos da Academia da Berlinda lançaram Olindance, um disco de misturas regionais que vão do carimbó a cúmbia. Carnaval vindo aí… Este disco faz todo o sentido. É do Brasil!

8. Savages - Silence Yourself (2013)


Gosta de Siouxsie & the Banshees? Post-punk? Este debut das inglesas do Savages já é uma das maiores estreias da história do rock.

7. Royal Blood - Royal Blood (2014)


Aqui temos outra grande estreia arrebatadora do rock. O duo — dos também ingleses — Royal Blood, foi uma das revelações de 2014. Me lembro bem de acompanhar tudo que passasse deles na época pela rádio BBC 6 Music, antes de serem ouvidos aqui no Brasil.

6. Queens of the Stone Age - ...Like Clockwork (2013)


O Queens of the Stone Age mostrou com este álbum que o rock pode soar rejuvenescido e moderno. Ponto.

5. Michael Monroe - Horns and Halos (2013)


Me tornei fã do Hanoi Rocks por volta de 2013 e, por coincidência, um álbum do lendário vocalista da banda, Michael Monroe, estava nas paradas nessa época. Um discaço de rock ’n’ roll como costumava — e costuma — fazer.

4. Adele - 21 (2011)


É impossível você ser do planeta Terra e não ter ouvido “Rolling in the Deep”, “Set Fire to the Rain” ou a melancólica “Someone Like You” da Adele em 2011. Não só por serem belas canções de um fim de relacionamento, mas por ser um grande exorcismo emocional. Muita gente se identificou.

3. Foo Fighters - Wasting Light (2011)


Na playlist tem “Arlandria” como música escolhida para representar este álbum, mas poderia ser “These Days”, “White Limo” ou até mesmo a tonificante “Walk”. Este disco é a perfeita definição de rock simples, direto e radiofônico. Foi trilha sonora em vários momentos em bandas. Pódio e medalha de bronze!

2. U2 - Songs of Experience (2017)


Uma banda com tantos anos de estrada, que já passaram pelo post-punk, blues, gospel, até mesmo pela discoteca e continuam antenados com as novas tendências. Este disco me serve de parâmetro de como uma banda do século passado pode aderir a novos elementos de nosso tempo. Na capa, Eli Hewson e Sian Evans, respectivamente filhos de Bono e The Edge. Medalha de prata!

1. Pink Floyd - The Endless River (2014)


A década de 2010 vai ficar marcada pelo fim de uma das maiores bandas de todos os tempos. Depois da morte do tecladista Richard Wright, o Pink Floyd (sem Waters) decidiu encerrar suas atividades. Para muitos, pode parecer apenas um álbum de temas que não chegam a 2 minutos com “Louder Than Words” (que é uma homenagem para Wright) mas, para mim, é uma despedida digna como a banda merecia. Explicar a emoção de ouvir este disco seria chover no molhado, como seria explicar qualquer outro grande disco da banda. Com o Pink Floyd não se explica, se sente. Medalha de ouro e obrigado por tudo.

***

Estatísticas

Número de Discos por Anos Indicados

2013: 4 discos
2015: 4 discos
2014: 3 discos
2011: 2 discos
2016: 2 discos
2017: 2 discos
2019: 2 discos
2010: 1 disco

Nacionalidades dos Artistas/Bandas

EUA: 10
Reino Unido: 7
Brasil: 1
Irlanda: 1
Finlândia: 1

Anos que Não Foram Indicados

2012 e 2018.

***

Playlist

Comentários

  1. Mas que surpresa! Endless River? Nunca que ia imaginar...
    Foo fighters ok, seria minha primeira escolha...
    Olindance... Que disco lindo.
    Trampo insano!

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    Respostas
    1. Pois é, amigo, os motivos estão aí. Obrigado pela visita!
      Valeu!

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