Informações sobre essa magnifica banda é um caso frustrante exatamente pela escassez das mesmas. Falar sobre o Icon exige um cuidado grande e, falar sobre esse disco, que merece ser resenhado, é uma tarefa prazerosa. Se você gosta de um bom AOR, ouça Icon.
Night of the Crime é o segundo álbum da banda, tendo o primeiro autointitulado de 1984 como um trampolim para a carreira dos caras, sendo que este disco não tem nada da polidez que se faz presente aqui, pois os toques mágicos das mãos de Eddie Kramer (produção) e Ron Nevison (mixagem) fizeram toda a diferença no final. Night of the Crime é um prato cheio para os amantes enérgicos do Hard Rock da década de 80.
Como sugere o título, o álbum carrega um clima noturno como se estivesse rodando dentro de um carro pelas ruas de NY (e realmente, o trabalho foi registrado no Bearsville Studios, em Bearsville, Nova York, EUA). Foi considerado o “3º Melhor Álbum de AOR” em uma votação de leitores da revista Kerrang!... Uma posição de respeito levando em conta a passagem em branco do Icon em muitos debates sobre AOR e o fato de não ter sido um grande sucesso comercial.
A banda contava com Stephen Clifford (vocais), Dan Wexler (guitarra), John Aquilino (guitarra), Tracy Wallach (baixo e vocais) e Pat Dixon (bateria). Com esse time, lançaram Night of the Crime em setembro de 1985 pela Capitol. "Danger Calling", "Out for Blood", "Hungry for Love", "Raise the Hammer" e "Frozen Tears" saíram em single. Todas as faixas da bolacha são pesadas com um Hard ‘N Heavy bem praticado e bem espalhadas, evitando a costumeira de muitas bandas com audições cansativas. Em torno de trinta músicas que estavam sendo preparadas durante a pré-produção, apenas "Naked Eyes", "Missing", "Danger Calling", "(Take Another) Shot at My Heart" e "Frozen Tears" poderiam resultar em um EP de sucesso, tendo em vista a trinca maravilhosa dessas canções uma atrás da outra sem espaço para respirar.
Como dito anteriormente, Night of the Crime está mais polido em relação ao debut de estreia, visando o produtivo mercado Hard Rocker crescente naquela década, palco de inúmeras bandas que surgiam e poucas emplacavam. A missão do Icon era árdua. Ainda durante a mixagem, o vocalista Stephen Clifford deixou o grupo para tentar a sorte em outros horizontes, tentando vários nomes até lançar um álbum solo em 1994, In the Search of Truth (um disco cristão que nada tem a ver com os tempos de Icon). Night of the Crime não pode deixar de existir em sua prateleira! Se você resolver sair de carro pela cidade em uma sexta-feira a noite, a trilha sonora está perto de ser alcançada.
Por Johnny Paul (Vinho & Vitrola)
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