Review: OZU - Burnout (2022)

Requintado é o termo mais apropriado para definir o grupo paulista OZU: refinamento, requinte, elegância, sofisticação e esmero.

Formado em 2016 na cidade de Cotia, a banda apoia-se no Jazz para fundi-lo a sonoridades que trafegam entre o Trip Hop, Downbeat e Lo-Fi avançando a passos largos para o Neo-Soul e o NuJazz, algo que fica bem evidente em seu novo trabalho, o belíssimo ‘Burnout’.

Francisco Cabral (Teclado), Sue-Elie Andrade-Dé (Guitarra) e Juliana Valle (Voz) integrantes fundadores do OZU, juntaram-se aos músicos Felipe Pagliato ( Bateria), Marco Stoppa (Trompete) e Fernando César Tadeu (Piano) para conceber um dos discos mais inspirados e sutis da nova musica  brasileira.

A obra conta com 11 canções que caem como uma luva para aqueles momentos em que você chega em casa e precisa colocar em seus ouvidos algo que acalme seus nervos e o faça sair do ar, flutuar, não pensar, deixar que a musica o leve.

Se a ‘síndrome de burnout’ define o esgotamento e a exaustão ao qual o mundo atual está exposto, ‘Burnout’ do OZU nos serve como um antidoto.

O Downtempo, ou Downbeat é um estilo de musica eletrônica pouco explorado no Brasil, trata-se de uma batida calma, espaçada e que costuma relacionar-se harmoniosamente com o dub, hip hop, trip hop, jazz, funk, soul, chill out, música ambiente, world music, música folclórica e o pop.

‘Burnout’ nos chega após todo esse hiato pandêmico em que a banda usou para refletir e evoluir o passo em relação ao ótimo ‘Inner’, disco anterior da OZU.

Para ouvidos apurados.

Por Nino Lee Rocker (@garimpeirodasgalaxias)

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