Sir Mix-a-Lot acertou na mosca quando decidiu comprar a ideia do guitarrista, cantor e compositor estadunidense Ayron Jones.
A explosiva combinação de ritmos que flertam com o blues, grunge, hard, soul, hip hop e uma bela dosagem de peso, tornam essa nem tão nova revelação proveniente de Seattle, um dos grandes nomes do rock na atualidade.
Ayron nasceu em 1986, tinha 5 anos quando viu “Nevermind” ser lançado e absorveu ainda moleque toda a atmosfera grunge exalada por sua cidade, não apenas isso, mas também a experiência de provar uma era de ouro em videogames, música e televisão, muitas coisas diferentes que as crianças de hoje nunca saberão. Marcos culturais que influenciaram a maneira como ele ouvia música, especialmente na música dos anos 90 – Nirvana, Soundgarden, Pearl Jam, Jimi Hendrix, Rage Against the Machine, Dr. Dre, Prince, Michael Jackson, Public Enemy, Living Colour e Eminem.
Como guitarrista, Ayron começou influenciado por Hendrix e Stevie Ray Vaughan, transformou essa paixão em algo mais universal e que em muitos momentos te dará a sensação de estar diante de uma grande continuidade de “Vivid” do Living Colour ou de Lenny Kravitz com um diálogo de positividade e personalidade ímpar.
Em muitas de suas entrevistas, o músico gosta de pontuar sobre o rock atual. Uma nova geração que classifica como desprovida da arrogância e audácia característica das décadas anteriores, sobre como tudo está polido e básico demais nos últimos anos.
Quando gravou seu primeiro grande sucesso “Take me Away”, ele e o produtor Eric Lilavois, decidiram que a ideia era pegar aquele som de rock desequilibrado de Seattle e dar a ele um tratamento Audioslave e então completar com aquela entrega vocal de R&B ao estilo de Michael Jackson. Acima de tudo, contando uma história, mas não como uma história típica de folk ou rock ‘n’ roll. Em vez disso, decidiu entregar essa história de forma mais parecida possível com o que você veria no hip hop e essa parece ser a fórmula mantida até hoje nos trabalhos lançados pelo músico. Uma discografia que já conta com os álbuns Dream (2013), Audio Paint Job (2017) e Child of the State (2021).
Apontado como revelação do rock em dezenas de premiações e imprensa especializadas, Ayron segue retornando as atividades de palco após o período pandêmico em uma extensa turnê que até o final do ano percorrerá a Inglaterra, Alemanha, França e os Estados Unidos, enquanto prepara o sucessor do excelente Child of the State.
Por Nino Lee Rocker (@garimpeirodasgalaxias)
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