Meus 5 Discos Preferidos: André Coelho (Dead Ratts)

Complementando a entrevista, fizemos o convite ao André Coelho para participar do “Meus 5 Discos Preferidos”. Conheça os cinco álbuns de cabeceira do vocalista:

Como você já sabe, o nosso convidado terá que nos mostrar 5 discos que foram importantes em sua vida, seja na formação musical, seja por repetidas audições, enfim, seja qual motivo for. Senhoras e senhores, com vocês, os cinco discos prediletos de André Coelho.


Linkin Park
Hybrid Theory (2000)

“Pra mim é um disco emblemático não apenas pelo conjunto da obra, mas por todo apelo e alcance que ele conseguiu obter. A popularização do nu metal diante do debut do Linkin Park para mim é histórico para o subgênero. Eu diria que esse álbum foi responsável para que o mainstream olhasse a movimentação do nu metal. Claro que álbuns como Around the Fur (Deftones) , Issues (Korn), Significant Other (Limp Bizkit) entre outras obras antecessores ao Hybrid Theory, tem seu peso na indústria. No entanto, é com o primeiro do Linkin Park que o “boom” real acontece e essa tempestade chegou até mim. Confesso que quando adquiri ele, passei seis meses totalmente interligado ouvindo-o sem pausa. Sem contar que essa obra foi uma das grandes influências que tive para formar meu gosto musical (risos).”


Within Temptation
The Silence Force (2004)

“É engraçado porque o The Silence Force é um álbum que talvez muitos não dêem a devida atenção. Esse álbum foi me apresentado por um grande amigo meu, Eliardo. O cara é uma enciclopédia sobre música e bandas e bem na época de todo aquele “reboliço” em cima do Evanescence, ele me apresentava coisas como o Comalies (Lacuna Coil) e o The Silence Force (Within Temptation) que para mim, é um dos álbuns mais bonitos dentro do gênero. Por mais que a ala de ouvintes mais radicais do symphonic metal torça o nariz por ele soar totalmente radiofônico, essa obra é impecável do seu inicio ao fim. Sharon den Adel consegue ser incrível em tudo.”


Tool
Ænima (1996)

“Um dos discos mais absurdos dos anos 90. Eu sou totalmente suspeito pra falar do Tool e dessa obra porque desde minha primeira experiência com a banda (que ocorreu no ótimo Auto-Falante) na TV Cultura, é a banda que eu carrego comigo até os dias de hoje. Ænima é um disco introspectivo, mas de uma densidade um tanto furiosa. Por mais niilista que soe o conceito de desesperança, as medianas pitadas de estranheza e todo o conceito jorrado aqui, é uma verdadeira obra-prima.”


Massive Attack
Mezzanine (1998)

“Esse não é apenas o maior álbum de trip hop, como também um dos discos que mais me influenciaram na vida. Toda essa dualidade conceitual entre a junção de soar soturno e poeticamente belo, são partes da minha construção musical. É um álbum que soa em mim quase como tarja preta. Ao mesmo tempo que ele consegue soar sexy e calmo, há camadas assustadoras e há um certo caos envolvido.”


A Perfect Circle
Thirteenth Step (2003)

“Eu consegui esse álbum através de um grande amigo meu, Maikon Soares, e a primeira vez que tive o prazer de ouvir o disco e ver o conceito dele em seus videoclipes, arte de capa e sua lírica por trás, me fez entender e aceitar o quanto eu precisava evoluir musicalmente. O intimismo junto do efeito que esse álbum causa para seus ouvintes é atemporal, tanto que há mais de 15 anos, esse álbum me causa o mesmo efeito, a mesma emoção. Assim como Massive Attack, esse álbum do A Perfect Circle está totalmente embutido nas minhas raízes e é algo que para quem ouvir futuramente meu projeto paralelo, Eight Quiet Teeth, irá se identificar, caso goste dessas obras.”

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