Review: Anton Barbeau - Stranger (2022)

Mesmo que passe despercebido aos ouvidos das massas, Anton Barbeau é mais um daqueles artistas que não merecia isso quando se busca pelo diferencial, mas a grande pergunta que faço é: será que que ainda se busca por isso em um mundo onde a cultura pop jaz em um círculo vicioso que nos tornou cegos a praticamente tudo que não seja o mais do mesmo?

O prolífico músico americano até agora já lançou quase 40 trabalhos, grande parte deles em solo europeu, onde manteve residência durante a maior parte do tempo em sua carreira artística iniciada no começo dos anos 90.

Sua obra pode ser comparada a genialidade do XTC, alterna entre o power pop, pitadas eletrônicas e exala por vezes uma linha poética e vocal que remete a Lou Reed, o que torna cada trabalho extremamente curioso e isso está evidente em ‘Stranger’, seu mais recente álbum, lançado no final do ano passado.



Mesmo que seja uma obra onde permeia a estranheza é impossível não se deleitar em várias de suas 14 canções em que destaco o synthpop de “Ant Lion”, o glam pegado de “Sugarcube City” e nas as linhas dark oitentistas de “Icu”, só pra citar algumas, porque na real é trampo para mergulhar de cabeça e entrar na viagem de Anton.

Parede Elétrica

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