Review: Young Fathers - Heavy Heavy (2023)

Quarto disco dos escoceses do Young Fathers, ‘Heavy Heavy’ já tem despontado com um dos melhores álbuns lançados esse ano – bons argumentos é o que não faltam.

Formado em 2008, o power trio já foi bastante premiado em cada um dos 3 discos anteriores a ‘Heavy Heavy’ e – ao que tudo indica – isso irá se repetir. A inclusão de 3 canções feitas pelo grupo na trilha sonora do cultuado T2: Trainspotting ajudaram a beça nesse processo de reconhecimento em torno deles.

No disco recém-lançado, o que não falta é originalidade. O som que fazem é de muito bom gosto e criatividade, um mix que funde atmosferas de black music, lo-fi, indie, indietronica, art pop, noise, pop soul, alternativo e hip hop, um verdadeiro caldeirão que unificado os torna únicos.



São 10 faixas que não deixam a peteca cair em momento algum, uma bela experiência sonora a nossos ouvidos. Não encontraremos um grande hit em potencial, mas sim, grandes e inspiradas canções do tipo de disco que soa bem do início ao fim. Detaques para “I Saw”, “Drum”, “Tekk somebody”, “Geronimo”, “Sink Or Swim” e “Be Your Lady”.

Quando esse álbum chegou em nossas mãos, foi como estarmos diante de algo muito curioso, um disco de origens africanas foi nossa primeira dedução, algo como world music contemporânea, mas sabíamos que não era bem isso, embora toda sonoridade diferencial tenha certamente uma forte influência herdada de descendências genealógicas oriundas da Nigéria e de Gana e isso explica muito sobre os ‘Young Fathers’.

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