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Mostrando postagens de janeiro, 2018

A coleção de vídeos "Hard ‘N Heavy" e seus desenhos politicamente incorretos

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Hard ‘N Heavy , basicamente, era uma coleção de vídeos com cenas ao vivo e entrevistas exclusivas com bandas que fizeram muito sucesso no cenário hard rock e heavy metal no final dos anos 80 e começo dos 90, e entre os intervalos apareciam umas animações nada politicamente corretas, por serem um pouco violentas (rsrs). Para quem já conhece, relembre. Para quem não conhece, confira esta compilação, pois vale muito a pena. Foi intitulado na época, pela mídia, como “Subversivo e Perigoso”. Algumas edições chegaram a serem lançadas em DVD no Brasil.

Bootleg: Pixies - Live at Glastonbury (1989)

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Há algum tempo atrás, em um sábado a noite, sintonizei pela web a rádio BBC 6 Music e dei de cara com um especial ao vivo do Pixies, uma das grandes bandas independentes surgida nos EUA durante a década de 1980. Poster do Glastonbury 1989 Esta apresentação foi um choque para mim! Aquelas letras semióticas e arranjos dissonantes me pegaram em cheio. A banda estava se apresentando no famoso festival Glastonbury em plena turnê do seu disco de maior sucesso comercial chamado Doolittle , lançado naquele mesmo ano. Confira a este 'bootleg', infelizmente incompleto do show, encontrado no YouTube. "Hey", que música! Setlist: 1. Bone Machine 2. Cactus 3. Dead 4. Gouge Away 5. Hey 6. I Bleed 7. Levitate Me 8. Monkey Gone to Heaven 9. No. 13 Baby 10. River Euphrates 11. There Goes My Gun 12. Vamos 13. Where Is My Mind?

Playlist PE: Parental Advisory - Explicit Content

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Parental Advisory foi um selo criado pelo PMRC (Parents Music Resource Center) em 1985 com o objetivo inicial de aumentar o controle dos pais sobre o acesso das crianças à música considerada violenta, o uso de drogas ou a conotação sexual liderada pela Tipper Gore, esposa do ex-vice-presidente Al Gore. Aqui vão "As Quinze Imundas"* músicas que foram consideradas “asquerosas” pela PMRC. *A música "Strap on Robbie Baby" do Vanity não está disponível no Spotify. Abaixo o vídeo da música no YouTube.

Show: The Smiths ‎- Live @ The Derby Assembly Rooms (1983)

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Assista a esta apresentação do The Smiths no início de carreira, antes mesmo do lançamento de seu primeiro disco The Smiths de 1984.  Ingresso Setlist Show que inclusive virou um compacto de 7" polegadas, bastante raro, e que contém apenas as músicas: Lado A: Still Ill Lado B: This Charming Man Fotos:  Discogs Nota-se no vídeo, o quanto a banda já era querida e a incrível química que rolava entre os quatro. Sem dúvidas, uma das maiores bandas de rock dos anos 80. Setlist: 1. Handsome Devil 2. Still Ill 3. This Charming Man (removido por direitos autorais) 4. Pretty Girls Make Graves 5. Reel Around The Fountain 6. What Difference Does It Make? 7. Miserable Lie 8. This Night Has Opened My Eyes 9. Hand In Glove 10. These Things Take Time 11. You’ve Got Everything Now

Playlist PE: British Rock '60s

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Com influência no maravilhoso filme-documentário British Rock: The First Wave , disponível no YouTube em inglês com algumas partes bloqueadas no nosso país (não sei por qual motivo), que conta um pouco a história de como o rock dos anos 60 se desenvolveu no Reino Unido e como atravessou o continente, conquistando a América. Listamos 10 músicas essenciais para você saber que nem tudo foram Beatles e Stones.

As 10 melhores músicas dos anos 80 pela Pitchfork

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A Pitchfork, conhecida por ser especializada em música independente, publicou no ano passado os 10 maiores clássicos da década de 1980, segundo os críticos do site. Dentre os clássicos escolhidos, artistas e bandas que já eram de ser esperar como Michael Jackson e The Smiths, passando por Kate Bush e Public Enemy, e até mesmo Joy Division que logo viria a ser New Order, estão presentes.  Abaixo, o "top 10" e o vídeo original da publicação. 1. Prince and The Revolution - "Purple Rain" 2. Michael Jackson - "Wanna Be Startin' Somethin'" 3. N.W.A. - "Straight Outta Compton" 4. New Order - "Blue Monday" 5. Public Enemy - "Fight the Power" 6. Kate Bush - "Running Up That Hill (A Deal With God)" 7. Joy Division - "Love Will Tear Us Apart" 8. Talking Heads - "Once in a Lifetime" 9. Grandmaster Flash & The Furious Five - "The Message" 10. The Smi...

Playlist PE: Músicas Nubladas

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Estreando a sessão Playlists com músicas para dias nublados e chuvosos. Temas com aquela conhecida característica introspectiva. Do post-punk ao seu contemporâneo gothic rock, passando pelo indie, britpop e, claro, sem deixar de fora o grunge de Seattle, onde é conhecida no mundo inteiro por ser chuvosa e ser celeiro de grandes bandas do começo dos anos 90. Sinta o clima…

Escuta Essa Review fazendo uma análise do que foi o Rock in Rio 2017

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*Artigo produzido em 28/09/2017 Participei recentemente de um podcast pro pessoal do Escuta Essa Review na pessoa de Lucas Scaliza, com as participações de Gabriel Sacramento e Eder Albergoni, fazendo um apanhado geral do que foi o Rock in Rio 2017. O site existe desde 2014 e dá importância para resenhas de discos e para diversos temas que também envolvam música. Indico, muito! Obrigado pelo convite Lucas, até a próxima!

Rock in Rio 2017: A semana rock do Palco Mundo

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*Artigo produzido em 29/09/2017 Enfim, chegamos na segunda parte que ficou faltando do review sobre a segunda semana do Rock in Rio. Uma boa definição seria que foram shows épicos e outros bem frustrantes, mas mesmo assim, bem acima da média da primeira semana apesar de algumas exceções. Com um pouco de atraso, aqui vai a minha opinião sobre os shows da tão esperada “semana rock” do festival, que teve 4 dias. Um dia a mais e que se iniciou na quinta: QUINTA-FEIRA - 21/09: Scalane: Show muito competente da banda brasiliense, que vem da nova safra do rock nacional, mas que infelizmente não houve tanto retorno do público. Muita gente ali só lembrava deles como “Ih, alá, a banda do Superstar da Globo”. Fall Out Boy: PASSO. Único momento de interessante do show foi a versão de “Beat It” do Michael Jackson. Def Leppard: Puta Show! Se passaram 32 anos desde a ausência da banda no Rock in Rio de 1985 e que foi bem recompensado. Um setlist de clássicos, música...

Rock in Rio 2017: A semana pop do Palco Mundo

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*Artigo produzido em 20/09/2017 Acredito que nunca na história desse festival tenha gerado tanto bate-boca desnecessário, tantas birrinhas adolescentes com o Rock in Rio, edição 2017, por esta primeira semana de evento. A parcela de fãs que acompanham desde a longínqua primeira edição, sabe que sempre existiu diversidade entre as atrações, seja com Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Ivan Lins em 1985; George Michael, New Kids on the Block em 1991 no Estádio do Maracanã; e em 2001 passaram Britney Spears, FIVE e Sandy & Júnior; sem contar as recentes edições de 2011, 2013 e 2015 por aqui (Não contamos as edições de Madrid e Lisboa). Ou seja, sempre existiu o pop em todas as edições e cá entre nós… São essas noites que “pagam” o custo do evento, são as noites que se esgotam mais rápido. Daí vem a dúvida: Onde estão os ‘rockeirões da patrulha’ que não saem de casa ao menos para dar apoio para uma banda autoral que está começando? E que perde seu precioso tempo reclamando...

Review: Black Label Society - Grimmest Hits (2018)

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O Machine Messiah do Sepultura foi um dos primeiros grandes lançamentos de metal do ano passado e o responsável por deixar o padrão altíssimo para o gênero já de início. O decorrer do ano não foi tão empolgante, é verdade, mas, como dizem por aí, a primeira impressão é a que fica. E ficou. É impossível pensar em metal 2017 sem lembrar da turma do Derrick Green e do que conseguiram nesse álbum. Pois bem, 2018 começou com vários lançamentos interessantes de diversos gêneros – temos esse podcast inclusive discutindo três deles – e já temos o primeiro álbum para chamar de “primeiro grande lançamento” no heavy metal, o Grimmest Hits do Black Label Society. O título é bem curioso, de início achei que se tratava de uma coletânea mesmo e a capa, minimalista e uma das poucas sem a caveira tão característica. O guitarrista, vocalista e principal mente pensante do grupo, Zakk Wylde, tinha lançado um álbum solo em 2016, o aguardado Book of Shadows II , e eu me perguntei o quanto do Z...

Review: Richard Ashcroft - These People (2016)

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Richard Ashcroft, ex-vocalista do The Verve, trocou o rock alternativo e melancólico (e bem ácido nos dois primeiros discos) de sua banda pelo britpop na carreira solo. Importante ressaltar isso para avisar – caso haja algum desavisado por aqui – que Ashcroft solo não é, nunca foi e nunca tentou ser, nada parecido com o som do The Verve. Ainda que mesmo no The Verve várias canções fossem repetições em looping de apenas três, quatro ou cinco acordes, a dinâmica da banda toda criava arranjos muito criativos que davam formas bastante peculiares às músicas. As guitarras de Nick McCabe (hoje no Black Submarine), por exemplo, faziam toda a diferença, assim como a levada mais viajante do baixo de Simon Jones. O The Verve era, para todos os efeitos, uma banda inglesa de rock e tinha visceralidade, tinha peso. A proposta de Ashcroft, principalmente em These People , seu quinto álbum solo, é ser pop, leve e contagiante. Sendo assim, These People envereda pelas músicas de quat...

Review: Greta Van Fleet - Black Smoke Rising (2017)

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Quando o Rival Sons surgiu há alguns anos, as comparações com o Led Zeppelin foram imediatas devido à enorme influência da banda de Jimmy Page no som do quarteto californiano. Some-se a isso um vocalista com o timbre agudo que lembrava Robert Plant, um guitarrista voador com riffs influenciados por Page e um baterista que fazia questão de emular com perfeição os timbres do saudoso John Bonham, e o pacote estava completo. Tudo isso pra dizer que temos um novo herdeiro nessa dinastia. O Greta Van Fleet vem de Michigan e lançou no final de abril o seu segundo EP, Black Smoke Rising . A sonoridade é um hard blues que bebe direto da fonte do Led Zeppelin, de maneira até mais explícita que o Rival Sons. O disquinho tem apenas quatro músicas, todas excelentes, e que mostram que o grupo possui potencial para fazer muito barulho nos próximos anos. Formado pelos irmão Joshua (vocal), Jacob (guitarra) e Samuel Kiszka (baixo e teclado), mais o baterista Daniel Wagner, o Greta Van Fl...

Review: The Beach Boys - Pet Sounds (1966)

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Com Today! , de 1965, os Beach Boys começaram a mostrar a genialidade de Brian Wilson e Mike Love. All Summer Long tinha marcado a ruptura da banda com a música que faziam até então, com temáticas de praia e garotas. Agora, queriam fazer algo mais sério e inspirado. Tendo ouvido Rubber Soul , dos Beatles, Brian se sentiu imensamente influenciado. Queria fazer trabalhos com qualidade à altura dos Fab Four, só não sabia como. Foi então que ele conheceu Tony Asher, um compositor de jingles. Sabendo de sua reputação como músico, resolveu o chamar para ajudar em suas canções. Essa parceria resultou em um dos melhores discos já produzidos. Pet Sounds é, com certeza, revolucionário, além de ter uma imensa qualidade melódica e poética. Influenciou muita gente, como Paul McCartney. Nessa resenha, vamos comentar alguns detalhes desse trabalho. Abrindo o disco, temos “Wouldn’t It Be Nice”, uma canção com ares de jingle, com ritmo bacana e letra animadora. Já nessa música, est...

Review: Erasmo Carlos - Carlos, Erasmo… (1971)

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No decorrer dos anos 1960, Erasmo Carlos formou uma das maiores duplas de compositores de sucesso da história da MPB ao lado de Roberto Carlos, com quem fez diversas canções de enorme sucesso tanto para o “Rei” (Roberto) quanto para o “Tremendão” (Erasmo) e também para outros artistas na época da Jovem Guarda. E foi nessa década em que Erasmo emplacava só sucessos atrás de sucessos durante seu período como artista na RGE Discos, gravadora aonde tinha Chico Buarque (com o “de Hollanda” inicialmente), o sambista Miltinho entre outros. Mas na década seguinte, com o sucesso de “Sentado À Beira do Caminho”, que estourou de imediato na telenovela exibida na Tupi “Beto Rockfeller” protagonizada por Luís Gustavo, e que acabara sendo um dos maiores legados da dupla, acabavam os bons anos na RGE. A Jovem Guarda já deixara de ser um programa fazia anos, Roberto consolidava com seu sucesso mundial e mais sucessos a dupla compunha. Foi em 1971 que viu tudo mudar de rumo: assinava com...

Review: The Kinks - Face to Face (1966)

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Não atingindo, na invasão britânica, o mesmo nível de popularidade dos Beatles e Rolling Stones, os Kinks faziam um tipo de música à altura dos grandes mestres. Ray Davies era muito competente e sabia como fazer trabalhos de qualidade, nunca pecando na produção. Agora, de originais eles não tinham nada. “Party Lane”, a canção que abre o álbum, é bastante influenciada pelo merseybeat do início da carreira dos Beatles. Ray, sempre polêmico quando se falava dos “fab four” (ele se considerava melhor do que eles), admitia a inspiração em entrevistas. É claro que isso não tira a beleza da música. A sentimental “Rosie Won’t You Please Come Home” é talvez a melhor música do álbum. Feita pra irmã do compositor, tem uns efeitos bem bacanas de cravo. “Dandy”, futuramente regravada pelos Herman’s Hermits, diz na letra “Who you gonna run to? / All your little life / You’re chasin’ all the girls / They can’t resist your smile”. “Too Much on my Mind” é uma balada que contribui pra ...

Review: Bob Dylan - New Morning (1970)

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Em 1970, Bob Dylan estava numa fase extremamente relaxada. Depois de sua fase folk (de 1962 a 1964), elétrica (de 1965 a 1966), de John Wesley Harding (1967) e Nashville Skyline (1969), o compositor parecia estar confiante no seu trabalho e sem maiores pretensões em ser revolucionário ou passar mensagens importantes em suas letras. Dylan queria fazer um tipo de música sincera e que transmitisse o que estava sentindo no momento. A abertura não poderia ser melhor, com a doce e acústica “If Not For You”, regravada pouco tempo depois por George Harrison. Romântica? Sim. Brega? Jamais. Dylan fala de amor como Chico Buarque, de forma poética e revelando várias nuances de seu lirismo. Não são bobas canções de amor simplesmente, mas sim contemplações da alma feminina. “Went to See the Gipsy” começa com um pianinho gostoso, seguido da voz áspera (e agradável) de Dylan. Tem um ritmo interessante e letra curiosa, falando de um cigano. A guitarrinha no final é sensacional, dando u...

Review: The Cranberries - No Need to Argue (1994)

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Voltando a blogar, depois de um longo tempo… Quis o destino que eu fosse escrever sobre este disco (o meu preferido da banda), que já estava em mente há muitos anos, mas que, infelizmente, com a morte da Dolores, me tomou de assalto. Como os mais chegados (ou não) do cenário alternativo sabem, os Cranberries foram formados na Irlanda, mais precisamente em 1989, na terra dos conterrâneos U2, The Corrs, Thin Lizzy, Rory Gallagher e tantos outros. A formação original da banda tinha Dolores O’Riordan nos vocais, o guitarrista Noel Hogan, o (mestre) baixista Mike Hogan e o baterista Fergal Lawler. Vi a banda pela primeira vez em um programa de videoclipes da RedeTV! chamado Interligado , apresentado por ninguém menos que Fernanda Lima, onde passava tudo o que rolava na época de música nacional ou gringa. Em uma época onde não se tinha TV a cabo ou internet, assistir este programa era um acontecimento. O vídeo de “Animal Instinct” , do disco Bury the Hatchet , tem como tema uma mã...

Review: David Bowie - The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (1972)

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Acho que aqui começa mais uma das minhas jornadas pelos anos 1970. Quando era adolescente entrei de cabeça e tudo no punk, passando pelas primeiras bandas de heavy metal, classic rock e o rock progressivo que eu ainda aceitava era o Pink Floyd. Antes de ouvir David Bowie, eu o vi e fiquei intrigado. Com o seu visual andrógino (que passou a usar depois do início de carreira), fiquei me perguntando: “Como será o seu som?”, “As letras dessa ou desse cara?!” e coisas do tipo. O marco zero foi o vídeo de “Starman” que também era o primeiro single do álbum e foi — literalmente — de cara que comecei a gostar daquele sujeito indeterminado. O rock’n’roll sempre teve dessas de utilizar um lado mais teatral em suas apresentações, com efeitos visuais e até mesmo peças de teatro em que não faria sentido se não fosse acompanhado de uma grande banda. E não é para menos, o “Spiders from Mars” era banda extraordinária. As minhas prediletas sempre serão “Moonage Daydream”, a maravilho...