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Mostrando postagens de maio, 2022

Ayron Jones, que se cumpra a promessa

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Sir Mix-a-Lot acertou na mosca quando decidiu comprar a ideia do guitarrista, cantor e compositor estadunidense Ayron Jones. A explosiva combinação de ritmos que flertam com o blues, grunge, hard, soul, hip hop e uma bela dosagem de peso, tornam essa nem tão nova revelação proveniente de Seattle, um dos grandes nomes do rock na atualidade. Ayron nasceu em 1986, tinha 5 anos quando viu “Nevermind” ser lançado e absorveu ainda moleque toda a atmosfera grunge exalada por sua cidade, não apenas isso, mas também a experiência de provar uma era de ouro em videogames, música e televisão, muitas coisas diferentes que as crianças de hoje nunca saberão. Marcos culturais que influenciaram a maneira como ele ouvia música, especialmente na música dos anos 90 – Nirvana, Soundgarden, Pearl Jam, Jimi Hendrix, Rage Against the Machine, Dr. Dre, Prince, Michael Jackson, Public Enemy, Living Colour e Eminem. Como guitarrista, Ayron começou influenciado por Hendrix e Stevie Ray Vaughan, transformou es...

Vinho e Vitrola #04: Adoniran Barbosa - Adoniran Barbosa (1974)

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Ouvindo alguns discos de samba dos anos 70 nessa semana, me deparei com um velho conhecido: o primeiro Long Play de Adoniran Barbosa. Este disco era muito tocado em casa na minha infância e ficou marcado. Aqui, João Rubinato (lê-se Adoniran Barbosa) regrava velhos sucessos que saíram de sua malandragem paulista, mas também de um lirismo inocente e cativante, características marcantes do sambista. O compositor viveu o auge de sua inspiração quando o rádio ditava a regra e os compactos simples eram lançados à exaustão, o que culminou na demora de um disco inteiramente seu. Somente em 1974, com uma capa pra lá de convidativa, gravata-borboleta e um chapéu de roda de samba, Adoniran interpretou seus sucessos (não apenas seus como também de outros artistas) e os colocou na praça para mostrar que São Paulo também tem qualidade, assim como grandes nomes do gênero no Rio de Janeiro. Como não poderia deixar de ser, aqui podemos apreciar o grande sucesso Trem das Onze, a belíssima Iracema (ainda...

Meus 5 Discos Preferidos: André Coelho (Dead Ratts)

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Complementando a entrevista, fizemos o convite ao André Coelho para participar do “Meus 5 Discos Preferidos”. Conheça os cinco álbuns de cabeceira do vocalista: Como você já sabe, o nosso convidado terá que nos mostrar 5 discos que foram importantes em sua vida, seja na formação musical, seja por repetidas audições, enfim, seja qual motivo for. Senhoras e senhores, com vocês, os cinco discos prediletos de André Coelho. Linkin Park Hybrid Theory (2000) “Pra mim é um disco emblemático não apenas pelo conjunto da obra, mas por todo apelo e alcance que ele conseguiu obter. A popularização do nu metal diante do debut do Linkin Park para mim é histórico para o subgênero. Eu diria que esse álbum foi responsável para que o mainstream olhasse a movimentação do nu metal. Claro que álbuns como Around the Fur (Deftones) , Issues (Korn), Significant Other (Limp Bizkit) entre outras obras antecessores ao Hybrid Theory, tem seu peso na indústria. No entanto, é com o primeiro do Linkin Park que o “bo...

Entrevista PE: André Coelho, vocalista da banda Dead Ratts

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O nosso convidado da vez, no Entrevista PE é André Coelho, vocalista da Dead Ratts, banda grunge/alternative rock de Pacajus, Ceará. Outro novo grupo surgindo no cenário independente cearense. Confira o nosso papo prolongado sobre sua trajetória e, claro, falamos de Dead Ratts e do lançamento de seu primeiro single intitulado “The Frog Boys”. Vamos nessa! Parede Elétrica: Fala André, beleza? Se apresente para os leitores do Parede Elétrica . André Coelho: Fala galera! Meu nome é André Coelho, sou redator e músico independente, atualmente estou frente da banda de grunge/alternative rock Dead Ratts. Nascido em Belém, Pará, mas há anos vivendo no Ceará, precisamente em Pacajus que é onde meus sangue corre nas veias haha. PE: Com quantos anos vc saiu de Belém? André: Então, de 6 para sete anos, quando ocorreu a separação dos meus pais. Como minha família materna reside no Ceará, minha mãe buscou o retorno às origens dela e aqui foi onde começou meus passos para a música. PE: Já que você ma...

Vinho e Vitrola #03: The Pretty Things - Freeway Madness (1972)

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A banda britânica Pretty Things vinha muito bem com um de seus registros mais conhecidos de uma era muito criativa e original, falo de Parachute, lançado em 1970, dando continuidade em um feito extraordinário que é considerado a primeira ópera-rock da história, falo de S.F. Sorrow, lançado em 1968 e influenciando nada mais nada menos que Tommy, a icônica ópera-rock do The Who. Até então, os Pretty Things passaram pelo R&B do começo de carreira, experimentaram a psicodelia da segunda metade da década de 60 e mergulharam em uma fase criativa que em muitas conversas de bar nunca são citadas. Freeway Madness parece estar no meio de uma trinca poderosa e, possivelmente devido a isso, é um álbum praticamente escondido nas cortinas da discografia da banda. Freeway Madness chegou às prateleiras em 1972, ficando no meio de Parachute e do ótimo Silk Torpedo (1974), este último o primeiro álbum a ser lançado pela Swan Song Records, selo do Led Zeppelin, com direito a toda forma de divulgação ...

Vinho e Vitrola #02: Badlands - Voodoo Highway (1991)

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É 1991, e o Grunge está acabando com o Hard Rock. Eis que surge um disco para quebrar os pilares ainda sensíveis da situação, vindo de uma banda nada mais nada menos composta por Jake E. Lee (Guitarra), Ray Gillen (Vocais), Jeff Martin (Bateria; substituto de Eric Singer a partir deste disco) e Gregg Chaisson (Baixo). Após o primeiro disco, lançado em 1989, Eric Singer saiu do grupo para integrar o Kiss, devido à saúde do saudoso Eric Carr, que morreria neste mesmo ano de 1991. Ainda sob a tutela da Atlantic Records, trabalham num disco que é a soma de alma & coração, num Hard Rock como se deve fazer: riffs potentes, vocais rasgados, feeling ao extremo e técnica/alma apurados. Infelizmente, devido à problemas internos e discussões provocadas por Jake e Ray Gillen, o Badlands lançou somente mais um álbum e terminou as atividades. O trabalho em si é dotado de muito talento, sem pompas e delongas que notavam-se em bandas oitentistas que preferiam passar horas do dia no salão de beleza...

Meus 5 Discos Preferidos: Henrique Giacomini (LeBruce)

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E voltando, também, com a nossa querida série “Meus 5 Discos Preferidos”, convidamos o nosso entrevistado, Henrique Giacomini, do LeBruce, para falar qual é o seu “top 5 discos”. Como você já sabe, o nosso convidado terá que nos mostrar 5 discos que foram importantes em sua vida, seja na formação musical, seja por repetidas audições, enfim, seja qual motivo for. Senhoras e senhores, com vocês, os cinco discos prediletos de Henrique Giacomini. Visconde Visconde (2014) “O álbum ‘Visconde’ (2014) é muito importante pra mim e pra formação da LeBruce, porque esse disco me ensinou o conceito de DIY (“Do it yourself”, faça você mesmo). Foi um álbum feito sozinho pelo Lucas Silveira, e ele me ascendeu a chama do fazer faixas como “Vida” e, claro, a faixa que deu nome a LeBruce “Lebruce”. Foram inspirações iniciais pro que viria um dia a ser LeBruce.” Hateen Procedimentos de Emergência (2006) “Procedimentos de Emergência’ (2006) tem uma influência mais prática na minha construção e formação c...

Entrevista PE: Henrique Giacomini, vocalista e guitarrista da banda LeBruce

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Na volta do Entrevista PE, batemos um papo com Henrique Giacomini, vocalista e guitarrista da banda LeBruce, de Pacajus, Ceará. Uma nova banda do cenário independente brasileiro que está prestes a lançar o seu mais novo single “Não Existe Mais Amor”. A entrevista foi realizada ontem, um dia antes do lançamento do single. Confira! Parede Elétrica: Fala, Henrique! Beleza? Se apresente aí para os leitores do Parede Elétrica . Henrique Giacomini: Opa, meu nome é Henrique Giacomini, tenho 22 anos e sou vocalista, guitarrista e compositor da LeBruce. Nasci em São Paulo, capital, Zona Norte, na região do Imirim (amor por essa região) e vim para Pacajus, Ceará, se não me falha a memória, no final de 2014. PE: Como é a cena dessa cidade? Existe público para o rock? Sempre tem aquele estigma do forró ser o gênero predominante no estado do Ceará. Henrique: Quando eu cheguei aqui, principalmente nos primeiros anos, existia uma cena bem viva, um número interessante de bandas, um público legal e eve...

Vinho e Vitrola #01: Os Mutantes - Tudo Foi Feito Pelo Sol (1974)

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Para iniciar esta jornada maravilhosa aqui no Parede Elétrica ( apresentação, aqui ), decidi trazer um disco brasileiro, e trata-se de uma verdadeira obra de arte da música progressiva feita aqui em nosso país, falo de Tudo Foi Feito Pelo Sol, da banda Mutantes, lançado em 1974. Já sem Arnaldo Baptista, que saiu da banda e se jogou em uma empreitada solo que ninguém queria investir, lançando o estupendo Lóki?, do mesmo ano, o irmão Sérgio Dias Baptista (guitarra e vocais), decidiu reconstruir a banda, já que Liminha (baixo) e Dinho Leme (bateria) também haviam abandonado o projeto. Desta feita, Túlio Mourão (orgão, piano e vocais), Antônio Pedro de Medeiros (baixo) e Rui Motta (bateria e vocais) completaram o time. O resultado foi este grande disco da resenha. Tudo Foi Feito Pelo Sol foi lançado pela Som Livre após a quebra de contrato com a Philips. Assim, o plano de divulgação mudou e a extensa turnê de promoção do álbum se tornou a maior da história da banda, culminando, por consequ...